sexta-feira, 26 de março de 2010

Frente Parlamentar discute inclusão social para crianças e adolescentes

A Frente Parlamentar Municipal em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, presidida pelo vereador Hermano Morais (PMDB), se reuniu na manhã desta quinta-feira (25) para debater o tema "Inclusão Social para Crianças e Adolescentes em Liberdade Assistida, Prestação de Serviço a Comunidade, Situação de Ruas e Drogaditos".

A Frente abriu o espaço inicial ao advogado e articulador da Associação nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (ANCED), Frans Jonh Van Kranen, idealizador e coordenador da Campanha Nacional “Para ler, Ver, Ouvir e Agir”. De origem holandesa, ele lamentou o número excessivo de assassinatos de jovens no Brasil. Segundo Frans, em recente pesquisa realizada com 5000 jovens brasileiros, 55% deles afirmaram ter visto um corpo assassinado, enquanto 30% declararam terem sido vítimas de violência nos últimos 12 meses.

Para Rosangela Costa, do programa de execução de medidas sócio-educativas em meio aberto da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social, existe uma dificuldade em reintegrar os jovens em liberdade assistida na sociedade. “Estamos imbuídos de resgatar esses adolescentes, mas sempre esbarramos na realidade da dificuldade. A sociedade e as próprias instituições não aceitam esses jovens, especialmente os envolvidos com drogas. Às vezes somos até taxados como defensores de bandidos, o que não somos”, afirmou.

Senac
Laumir Barreto, diretor regional do Senac, explicou que a instituição vem atuando no Rio Grande do Norte há 64 anos e tem um trabalho social em prol das crianças e adolescentes. Um dos grandes trabalhos é na área de aprendizagem. O Senac forma mais de 1500 aprendizes por ano e desde 2002, já foram formados mais de 10 mil jovens. Os aprendizes têm entre 14 e 24 anos e trabalham até dois anos nas empresas parceiras. São diversos os cursos de aprendizagem, basicamente ligados às áreas de comércio, serviços e turismo e são integralmente custeados pelo Senac.

“Quantas vezes recebemos pessoas sem perspectiva que transferem a responsabilidade para a instituição. Sabemos que isso acontece com várias esferas de termos a incumbência de tentar dar a esse jovem, a partir de uma formação profissional, um novo sentido para a vida. Na sua grande maioria, a gente consegue”, explicou Laumir Barreto.

Mais participações
Também foram ouvidas declarações de jovens do parlamento mirim da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, como Bárbara Maia, que parabenizou a Frente Parlamentar pela iniciativa e por reconhecer que a garantia dos direitos dos jovens é a melhor forma de se construir um futuro positivo.

Também foram ouvidas pessoas com relatos de assassinatos de jovens em suas famílias. “Hoje estou aqui para ajudar através do meu exemplo a sociedade natalense a enfrentar as drogas na família”, afirmou Maria das Graças da Silva, que perdeu seu filho assassinado em conseqüência do uso de drogas. Ele faria 26 anos neste ano.


Com informações de Gabriela Barreto - (84) 3232.9425/9927.6822
Crédito de Elpídio Júnior

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