quinta-feira, 14 de julho de 2011

Extremoz






Prefeitura e Paróquia pedem a FJA manutenção e proteção das ruínas da antiga Igreja Católica

O Prefeito Klauss Rêgo apresentou projeto de reconstrução da igreja e convento São Miguel Guajirú

A Prefeitura de Extremoz, por meio das secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo, Turismo e Eventos, juntamente com o Arcebispo Dom Matias de Macedo e o pároco de Extremoz, padre João Pedro Sobrinho, se reuniram na última terça-feira, 12 com a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, para buscar parcerias com o intuito - de forma emergencial - realizar a proteção e isolamento das ruínas de Extremoz, tombada pela Fundação José Augusto (FJA) desde 1990.

O prefeito Klauss Rêgo pediu, também, a reconstrução da antiga igreja, destruída pela invasão holandesa (1633 a 1654). Ele estava acompanhado pelo secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Fábio Góis, de Turismo, Fernando Bezerril e Eventos, Domingos Sávio. A prefeitura apresentou o projeto de Reconstrução da “Igreja e Convento Jesuíta de São Miguel do Guajirú” no mesmo local.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Fábio Góis, a prefeitura busca medidas emergenciais para evitar o desabamento de parte das ruínas. O secretário de Turismo, Fernando Bezerril, complementa dizendo que com a chegada dos fortes ventos do mês de agosto é necessário que se proteja as ruínas, visto que o pé direito da construção está ameaçando desabar. “O ponto alvo desse encontro é que a FJA, a prefeitura de Extremoz e a arquidiocese de Natal firmem parceria em prol de proteger esse patrimônio histórico de Extremoz”, disse Bezerril.

Visita

Na próxima terça-feira, 19, o município de Extremoz receberá a primeira visita de técnicos da Fundação José Augusto às ruínas para avaliação. Na ocasião, estarão presentes o prefeito, o padre João Pedro e os secretários envolvidos no projeto, além da Presidente da Fundação de Cultura Aldeia do Guajirú, Valdelêda França.

Tombamento das ruínas foi uma iniciativa da Fundação José Augusto

A iniciativa do tombamento foi da Fundação José Augusto, na época presidida pelo jornalista Woden Madruga, tendo em vista o relevante valor histórico que essas ruínas representam para o povo potiguar, testemunho do trabalho desenvolvido pelos Jesuítas no Estado do Rio Grande do Norte.

No dia 18 de dezembro de 1990, a Secretaria de Educação e Cultura expediu a seguinte Portaria, através da então secretária Isis Brandão de Araújo Guerra, cujo artigo 1º, contém o seguinte teor: “Ficam Tombadas as ruínas da Igreja dos Jesuítas localizados na sede do município de Extremoz, deste Estado e pertencente ao patrimônio daquela paróquia e diocese de Natal”. Foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de dezembro de 1990.

As terras que hoje formam o município de Extremoz, no passado tinham outros habitantes: os índios Tupis e Paiacus que viviam as margens da Lagoa de Guajirú atualmente conhecida como Lagoa de Extremoz.

Jesuitas

Em 1607 o governo português, na pessoa do seu capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, concedeu aos jesuítas a terra utilizada pela missão. Responsáveis pela catequese dos índios, os jesuítas se estabeleceram em Guajirú, construíram a igreja de São Miguel e a partir de então a sociedade tribal sofreu a influência de novos costumes alicerçados na doutrina cristã.

Após a invasão holandesa, os jesuítas foram expulsos e a aldeia que já abrigava cerca de 1429 pessoas foi elevada a condição de Vila. No dia 03 de maio de 1760 a vila passa a se chamar Vila Nova de Extremoz do Norte. Segundo o historiador Câmara Cascudo, Extremoz foi a primeira Vila da Capitania do Rio Grande do Norte.

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