quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Faern e Sindleite discutem alternativas para o Programa do Leite
Com o intuito de discutir novas alternativas para o Programa do Leite a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Norte (Sindleite), debateram na manhã desta terça-feira (16) os pontos fundamentais do programa governamental e a questão dos valores pagos para as indústrias e os produtores de leite.
Na reunião proposta pela direção da Faern, o presidente da instituição, José Álvares Vieira, o presidente do Sindleite, Francisco Néri de Oliveira e o gerente executivo do Sindleite, Luiz Miranda Neto, conversaram sobre a atual situação do Programa do Leite no RN e a vida útil do projeto para esse ano.
Na observação dos três, o Programa do Leite corre o sério risco de naufragar e levar com ele muitos produtores rurais. “Espero que a governadora Rosalba esteja atenta ao clamor dos produtores. Não podemos mais fornecer para o Estado e ainda receber 80 centavos por litro de leite. É inadmissível e fora da realidade econômica”, ressaltou José Vieira.
Catástrofe
De acordo com Francisco Néri, do Sindleite, essa desvalorização com os produtores e as indústrias será catastrófica para o Estado e poderá trazer resultados inimagináveis para as pequenas cidades do interior. “A economia de muitos municípios gira em torno do Programa do Leite e da renda que ele proporciona para os produtores rurais. Será que os responsáveis pelo gerenciamento do programa ainda não se alertaram disso?”, questionou o presidente do Sindleite.
O presidente da Faern, José Vieira, completou: “Não podemos mais arcar com toda a operação que envolve o programa e ainda receber valores defasados. Queremos que o Governo Rosalba observe essa questão e veja que também temos os nossos gastos. Por tudo isso, pedimos um realinhamento do programa. Que ele pague um valor maior que os 80 centavos atuais.”, ressaltou José Vieira.
“Não sabemos quem gerencia o Programa do Leite”
Outro ponto tocado na reunião desta terça-feira foi à questão da logística do Programa do Leite. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, a Emater e a Sethas são os órgãos responsáveis pelo gerenciamento do projeto, mas na prática não conseguem somar forças para o bom andamento do programa. “Parecem dois governos. Não sabemos quem gerencia o Programa do Leite. Não existe uma ordem e quem sofre com isso são os produtores e as indústrias. Sofrimento que se arrasta desde 2010, com os constantes atrasos no pagamento e também com essa defasagem nos preços pagos pelo litro de leite”, explicou Vieira.
O presidente da Faern completou: “Tentaremos uma audiência com Rosalba e iremos dispostos a falar sobre a nossa realidade. Queremos um realinhamento no Programa do Leite. Tanto as indústrias como os produtores não podem mais se manter com os valores pagos atualmente. Queremos ouvir uma proposta dela e que atenta satisfatoriamente aos dois lados”, explicou o presidente da Faern.
Na reunião proposta pela direção da Faern, o Sindicato dos Produtores de Leite (Sinproleite) e a Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), também foram convidados, mas não puderam enviar os seus representantes e uma nova rodada de conversas será agendada para os próximos dias.
Números
1. 155 mil litros de leite fornecidos pelo Programa do Leite em 2010
2. Um pouco mais de 120 mil litros de leite fornecidos em 2011.
3. 80 centavos por litro de leite é o valor pago aos produtores pelo Governo.
4. 90 centavos por litro de leite é a proposta formulada pela Faern e Sindleite.
5. Pelo beneficiamento do produto o Governo paga 52 centavos atualmente.
6. Na proposta da Faern e do Sindleite o valor pago deverá ser de 60 centavos pelo beneficiamento.
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