terça-feira, 30 de agosto de 2011

Presidente da Federação da Agricultura tem a sua fazenda roubada


Parece peça pregada pelo destino. Na noite de sexta-feira (26), enquanto participava da abertura da Expolajes 2011, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, pedia ao secretário de Agricultura do Estado, Betinho Rosado, que transmitisse à governadora Rosalba Ciarlini, o clamor de inúmeros produtores rurais. O pedido era de mais segurança para o campo. Na mesma noite do seu discurso, a fazenda do presidente da Faern era roubada.

O fato aconteceu na sua propriedade, localizada na Zona Rural da cidade de São Paulo do Potengi e mostra, por uma infeliz coincidência, a necessidade desse pedido e do seu pronto atendimento por parte dos órgãos governamentais. “Esse roubo em minha fazenda, de onde os bandidos levaram celas para montaria, pistolas para vacinação e algumas ferramentas, exibe mais uma vez a total insegurança no campo potiguar. Uma insegurança que somente aumenta e faz novas vitimas. Graças a Deus, nenhum dos meus funcionários ficou ferido. Mas poderia ter acontecido, e ai, alguém iria socorrer?”, ressaltou Vieira.

O presidente da Federação da Agricultura pediu ao Governo que observasse melhor essa questão e também explicou que muitos desses roubos são para sustentar o vício em drogas. “Acredito na governadora Rosalba e tenho ciência da sua boa vontade em trabalhar a segurança no interior do RN. Acredito no programa Sertão Seguro, que ela pretende implantar em todas as regiões. Mas isso tem que ser para ontem governadora. Não podemos mais viver com esse receio de dormir em nossas propriedades. E também peço aos órgãos da segurança que ajam com mais força na questão da droga. O vício é o que alimenta esses assaltos em fazendas. E é esse mesmo vício nos entorpecentes que está dizimando a nossa juventude nas pequenas cidades do RN”, alertou José Vieira.

Seminário sobre segurança rural

Em 2009 a Federação da Agricultura promoveu um seminário no auditório do Sebrae, em Natal e discutiu a insegurança no campo. Na época, o governo se prontificou em estudar algumas formas para agir nesse ponto, mas quase nada de efetivo foi posto em prática.

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